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2- Responda.
“Macunaíma, o herói sem caráter” é considerado um dos clássicos literários mais importantes do movimento modernista no Brasil. A forma narrada (ou cantada) retrata um “herói de nossa gente”.
a) Após a leitura, apresente uma análise sobre o porquê de o herói ser considerado “sem caráter”?
Resposta - Macunaíma é um anti-herói, pois não possui as virtudes típicas de um herói. Juntam-se ao fato de ele ser negro e filho de uma índia, características como a preguiça, a irreverência, o materialismo (apego ao dinheiro)
b) Qual é o foco narrativo predominante na obra? Retire do texto e transcreva em seu caderno a(s) passagem(ns) que justifique(m) a sua resposta.
Resposta: O foco narrativo predominante é a terceira pessoa.
"No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite."
c) Mário de Andrade utiliza-se de dois tipos de narradores para mediar as peripécias de Macunaíma, o narrador personagem e o narrador observador. Qual deles predomina no capítulo V – Piaimã? Retire fragmentos dos trechos, justificando a sua resposta.
Resposta: Predomina o narrador-observador.
"As cunhãs tinham rido ensinado pra ele (Macunaíma) que o sagui-açu não era saguim não, chamava elevador e era uma máquina."
3- . Pesquise. O autor utiliza na obra referências do folclore brasileiro e técnicas modernas, exaltando a brasilidade por meio da linguagem literária.
a) Anote, em seu caderno, os vocábulos indígenas encontrados nos textos.
Resposta:Macunaíma, Uraricoera, tapanhumas, maloca, jirau, paxiúba, Maanape, murua, poracê, bacorocô, cucuicogue, macuru, cunhãs, sagui-açu, inajás de curuatás.
b) Busque em dicionários impressos ou digitais (online) os significados das palavras selecionadas.
Resposta:
Macunaíma: aquele que trabalha a noite
Uraricoera: duas palavras indígenas formara este termo, urari que representa um veneno paralisante e coeira que refere-se a velho. Logo fica Rio do Veneno Velho.
tapanhumas: Tribo indígena
maloca: aldeia indígena
jirau: arranjo de madeira
paxiúba: espécie de palmeira
Maanape: irmão de Macunaíma
murua, poracê, bacorocô, cucuicogue : danças indígenas
macuru: balanço
cunhãs: mulher
sagui-açu: espécie de macacos inquietos,
inajás: espécie de palmeira.
c) Quais descrições (características físicas e psicológicas) da personagem podem ser observadas no primeiro parágrafo do capítulo I de Macunaíma?
Resposta:Descrições físicas: preto retinto, feio
Descrições psicológicas: preguiçoso e materialista (apegado ao dinheiro)
4. A velocidade da urbanização nas décadas 10 e 20 do século passado da cidade de São Paulo foi tema de diversas narrativas literárias e visuais (pintura, produção cinematográfica etc.). No “cap. IX – Carta pras Icamiabas”, há traços do processo de modernização da capital paulista. Localize a configuração do cenário urbano descrita pelo protagonista e responda qual é a figura de linguagem presente no trecho.
Resposta: A configuração do cenário urbano era de muita circulação de pessoas, ruas estreitas, grandes edifícios e proliferação de doenças que dizimavam os mais pobres.
A figura de linguagem é a ironia, pois ao mesmo tempo que ele fala que a cidade é bonita e gentil, também revela a frieza e a crueldade presentes nela.
5. Observe o fragmento: “A Máquina era que matava os homens porém os homens é que mandavam na Máquina... Constatou pasmo que os filhos da mandioca eram donos sem mistério e sem força da máquina sem mistério sem querer sem fastio, incapaz de explicar as infelicidades por si.” Responda.
a) Macunaíma chegou a que constatações? Explique o sentido do trecho.
Resposta: As constatações a que Macunaíma chega é de que, apesar a máquina ser uma criação do homem, este se tornou escravo dela, tornando-se infeliz. A máquina é a única que se satisfaz.
b) Há um recurso linguístico em destaque, a repetição da palavra “sem”. Qual efeito o autor desejou provocar? Dê a sua opinião.
Resposta: O recurso linguístico é a anáfora, produzida pela repetição do termo "sem".
O efeito é de ênfase na incapacidade da sociedade paulistana de explicar sua infelicidade, causada pela escravidão em relação à máquina.
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